Como descrito no texto anterior, o sucesso de um programa de perda de peso em animais de companhia consiste em promover restrição calórica, aumentar o gasto calórico e manutenção do comprometimento pelos tutores.
Os fatores que influenciam as crenças e rotina dos tutores foi bem detalhado no texto anterior, portanto iremos explanar sobre a parte técnica do médico veterinário. Para melhor compreensão vou dividir o texto em tópicos:
1-Avaliação corporal:
Além de pesar o paciente e comparar com o peso médio esperado pela raça é importante realizar a aferição do escore de condição corporal (figura 1) e escore de massa magra (figura 2).
Esses escores são formas objetivas de avaliar a porcentagem de sobrepeso e saúde muscular do paciente. Para conhecer um pouco mais sobre esses métodos de avaliação consulte os vídeos a seguir: ECC (https://bit.ly/3tJojEP) e EMM (https://bit.ly/3vFd6qF ).
Uma vez classificado a porcentagem de sobrepeso, devemos calcular o peso meta.
O peso meta representa o peso esperado ao final de cada etapa do programa de perda de peso. Quando o paciente está até 30% acima do peso ideal, o peso meta pode ser o próprio peso ideal e, portanto, o programa de perda de peso terá apenas 1 etapa.
No entanto, quando o paciente está com peso corporal acima de 30% do ideal, o programa deverá ser dividido em diferentes etapas, a fim de promover perda de peso máximo de 30% em cada período.
2-Cálculo da energia diária
O ideal é conseguir mensurar o consumo calórico diário do paciente através do inquérito alimentar e então, a partir daí restringir o consumo de calorias. Porém são raros os tutores que conseguem passar a informação de tudo o que fornecem para seus animais e muito menos em quantidades para que possamos calcular as calorias de cada porção alimentar.
Portanto, o método mais utilizado é a estimativa de energia pela fórmula de necessidade energética basal descrita pelo NRC (2006)
NED = 70 x (Peso Meta) 0,75
O valor obtido pela fórmula representa uma estimativa, portanto é imprescindível realizar pesagens quinzenais a fim de verificar se a energia estimada está adequada para seu paciente.
A restrição calórica deve promover perda de peso semanal entre 1 a 2% do peso corporal do paciente. Variações nessa taxa de perda de peso semanal (TPP semanal) devem ser corrigidas.
Perdas de peso muito rápidas não são interessantes pois podem comprometer o metabolismo do paciente e promover perda de massa magra, portanto pacientes que apresentarem TPP 2,0% semanal devem receber um incremento no consumo calórico diário.
A literatura indica que TPP semanal inferior a 1% não é de todo ruim, desde que o paciente seja mantido no programa de perda de peso. Isso se justifica pelo fato de que ele vai conseguir atingir o peso meta, porém vai levar mais tempo do que o programado, no entanto, é importante tentar estimular a obtenção da TPP semanal próxima de 1% a fim de não desestimular o tutor e nem frustrá-lo. Na minha rotina, em geral, considero aceitável TPP semanal < 1% para pacientes idosos, ou com problemas articulares ou que apresentam alguma comorbidade, e tento manter o tutor engajado mesmo com resultados pequenos.
3-Escolha do alimento
Uma vez compreendida a quantidade total de calorias a ser ingerida por dia devemos escolher o alimento adequado para o suprimento nutricional do paciente, a fim de evitar desnutrição durante o período de perda de peso.
Portanto, não é possível realizar restrição calórica com qualquer alimento. As características nutricionais para esses são: baixa densidade calórica, alta densidade nutricional e alta quantidade de fibra.
Existem vários alimentos comerciais disponíveis no mercado pet para promoção de perda de peso, portanto é imprescindível para o veterinário responsável pelo programa saber interpretar as informações do rótulo para escolher o melhor alimento.
Para aqueles profissionais que não têm intimidade com a interpretação de rótulos recomendo a leitura do seguinte material: Ebook Manual Prático de Nutrição para Cães saudáveis disponível em www.jbnutrologia.vet.br
Para formulação de alimento caseiro eu recomendo formular um alimento que atenda a necessidade nutricional para o peso atual do paciente (Fediaf 2019), porém respeitando a quantidade de energia calculada para obtenção do peso meta. Recomendo também iniciar a formulação escolhendo as fontes de proteína e de gordura e completar a energia diária com fontes de amido de digestão lenta (ervilha; arroz integral; mandioquinha salsa; batata doce).
Para escolha de fontes de proteína, geralmente eu utilizo carnes magras (patinho, filet mignon, peito de frango). Assim consigo atender a necessidade protéica do meu paciente (quadro 1) de forma mais objetiva e consigo atender a necessidade de gordura (quadro 1) adicionando fontes de óleo ou gordura.
No entanto, para aqueles tutores que têm preconceito com acréscimo de gordura ou que provavelmente irão esquecer-se de acrescentar esse ingrediente na dieta eu utilizo fonte de carnes gordas (coxa e sobrecoxa de frango, músculo bovino, lombo suíno) e mantenho o foco no atendimento mínimo da necessidade protéica.
Dentre as fontes de gordura disponíveis para uso para alimentação caseira recomendo se atentar para primeiro atender a demanda de ômega 6 e de ômega 3, pois esses são essenciais aos nossos pacientes. Os principais ingredientes fontes de gordura dessas famílias são o óleo de girassol e soja (para ômega 6 – linolêico) e óleo de peixe (para ômega 3 – linolênico). Apenas depois de atendido a demanda diária desses ácidos graxos que eu recomendo acrescentar outras fontes de gordura pensando em suas ações nutracêuticas.
Dentre as gorduras com ação nutracêutica eu sou fã de carteirinha dos ácidos EPA e DHA, da família ômega 3. Em pacientes com obesidade eles atuam estimulando a perda de peso, controlam a inflamação crônica, preservam massa magra e auxiliam no controle de dislipidemias!
Outro ponto importante a ser considerado para as gorduras é que elas fornecem o maior aporte energético de uma dieta (2,25 vezes mais que as fontes de proteína e de amido), portanto alimentos muito ricos em gordura fatalmente serão hipercalóricos e, consequentemente representarão menor volume de ingestão ao paciente.
Em relação às fontes de amido, como falei anteriormente, recomenda-se o uso de amido de digestão lenta para programas de perda de peso por controlar melhor a curva glicêmica do paciente e promover maior saciedade, portanto contribuem para reduzir a mendicância pelo paciente.
Quando estou delineando um programa de perda de peso para um paciente com resistência insulínica ou que não apresenta resultados satisfatórios mesmo com as reduções calóricas a cada 15 dias eu opto por substituir o amido de digestão lenta por amido resistente (batata yacon). O maior trunfo nesse tipo de amido é que, embora ele seja computado no valor calórico do alimento ele não é digerido, ou seja, não fornece aporte calórico para o paciente, promovendo sensação de saciedade por mais tempo (por retardar o tempo de esvaziamento gástrico) e ainda colabora para a manutenção da saúde intestinal!
4-Determinação da quantidade de alimento por dia
Essa etapa é a mais dolorosa para os tutores! Invariavelmente, não importa o quanto você se esforce para promover a ingestão de volume alimentar satisfatório, eles sempre vão se queixar da quantidade, dizendo que o paciente vai passar fome!
Mas, como falei no texto anterior, temos que nos manter focados e buscar argumentos para refutar suas reclamações e mantê-los engajados.
O fator que considero mais importante é escolher o alimento com menor aporte calórico possível (claro que tem que atender a necessidade nutricional do paciente! Não se esqueça disso). Pois o volume a ser prescrito é inversamente proporcional ao valor calórico do mesmo!
Um exemplo que sempre uso em meu consultório para ilustrar isso é, se tivermos 100 calorias provindas de alface e chocolate qual terá maior volume? É óbvio que é o alface, afinal sua densidade calórica é infinitamente menor que a do chocolate.
Portanto, para calcular o volume de alimentos devemos fazer uma regra de 3, como na figura 3.
Entre as opções: alimento comercial seco extrusado ou alimento caseiro, eu prefiro realizar programas de perda de peso com alimentos caseiros, principalmente por serem alimentos mais volumosos, uma vez que têm cerca de 7 vezes mais umidade que alimentos comerciais seco extrusados, diminuindo assim a impressão do tutor de que o animal vai passar fome e também por promover mais saciedade ao paciente.
A desvantagem desse método é que o alimento deve ser formulado por um nutrólogo, portanto, se você não tem essa especialidade precisará da ajuda de um segundo profissional!
Outro ponto importante na definição e quantificação do alimento é o manejo alimentar. Recomenda-se o fracionamento do alimento em até 3 ou 4 refeições ao dia.
Além de promover maior período de saciedade, por reduzir o intervalo entre refeições existe uma demanda de gasto energético para digestão, auxiliando de forma direta no aumento do gasto calórico diário pelo paciente.
5-Exercícios físicos
O estímulo à execução de exercício físico diário pelo paciente é tão importante quanto a restrição calórica. O principal benefício do exercício, além de aumentar o gasto calórico, é preservar a massa magra.
Não se deve buscar o emagrecimento apenas aumentando o nível de atividade física do paciente, pois os resultados serão insatisfatórios, uma vez que o manejo dietético representa 70% do sucesso do programa.
6-Monitoramento
Essa etapa é tão importante quanto as anteriores, pois é através dela que você consegue monitorar os resultados do que fez até agora, além de conseguir verificar se o tutor está seguindo as orientações de forma correta ou se estão havendo desvios no programa de perda de peso.
A literatura demonstra que os programas de perda de peso que apresentam as melhores taxas de perda de peso semanal são aqueles que o monitoramento é realizado a cada 15 dias. Eu concordo plenamente com essa informação, uma vez que observo resultados fantásticos com os pacientes que monitoro quinzenalmente e resultados insatisfatórios com TPP semanal inferior a 1% ou efeito sanfona (aqueles que emagrecem e engordam) em pacientes que o monitoramento é mais espaçado.
Conclusão
Enfim, analisando-se cada uma das etapas podemos concluir que o processo não é tão simples e os resultados não são obtidos de forma rápida, afinal, o paciente não engordou de um dia para o outro não é mesmo?
Mas tenho certeza que depois de compreender todos esses fatores seus resultados com programas de perda de peso serão muito melhores daqui para frente!
Caso tenha alguma dúvida, por favor me mande uma mensagem e, depois de praticar essas etapas venha contar para mim seus resultados!!
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